Aproximamo-nos do dia de Natal e por isso fala-se muito do "espírito de Natal"... mas afinal o que é o "espírito de Natal"?
Muito se fala nessa epoca no Espirito de Natal. Ai pensa-se em caridade, dadivas, amor e confraternização. Mas, sabemos que isso não tão simples assim. O Natal mesmo sendo um periodo que mexe muito com o emocional das pessoas, fazendo elas ficarem mais abertas, algumas mais amaveis, não é o nivel em que se precisaria vivenciar conforme a data anuncia ainda, mas, já é um começo.
Antes de mais nada é um estado de alma, entendida como sentimento genuíno, que nos deve tornar mais sensíveis aos outros, às suas dificuldades e aos seus desesperos. Deve ser um sentimento profundo de pacificação entre nós e os outros, mesmo que os outros não nos tenham dado provas de gostar de nós. Deve ser algo que se sente, que mexa connosco, mesmo que nos pareça incompreensível na lógica do nosso agitado quotidiano.
A esta forma particular de sentir não é alheia a nossa pertença a uma civilização cristã, mas esse sentimento não se deve esgotar no seu ritual religioso. Ele deve ser um sentimento partilhado pelo comum dos seres, crentes ou não crentes, mas que acreditam, nem que seja uma vez por ano, que o amor ao próximo é possível e necessário.
O “espírito de Natal” deve fazer-nos sentir mais vivos, porque mais nós próprios!
O “espírito de Natal” não se deve medir pela quantidade de presentes oferecidos, mas pode-se medir pelo sacríficio feito, por muitas famílias, para presentear as suas crianças, com um só objectivo: vê-las sorrir!
O “espírito de Natal” não deve ser compatível com a esgrima de razões que nos conduzem a vida, durante todo o resto do ano. No Natal, as máscaras que nos impomos caem e revelam o que de mais puro possuímos e que nos faz verdadeiramente felizes. O que,afinal e na maior parte das vezes, tão pouco.
Deve tratar-se da troca de sentimentos, de serenidade e de paz. Um bem tão pouco dispendioso e que tem tendência a perder-se, no emaranhado de problemas com que nos defrontamos todos os dias. Razões de sobra para recordarmos e perdurarmos este sentimento tão profundo.